Olá leitores,
De segunda-feira, 19, até sexta-feira, 23, celebramos a Semana da Consciência Negra. Mais do que uma mera celebração, é uma semana para refletirmos sobre a realidade do negro e da negra no Brasil, abrirmos nossos olhos para o racismo que existe e aparece diariamente na nossa frente, e acima de tudo, reconhecermos nossos privilégios por sermos brancos.
Hoje trago aqui para vocês algumas sugestões de livros que podem nos ajudar nesse processo de conscientização:
Um livro essencial e urgente, pois enquanto mulheres
negras seguirem sendo alvo de constantes ataques, a humanidade toda
corre perigo. Quem tem medo do feminismo negro? reúne um longo ensaio
autobiográfico inédito e uma seleção de artigos publicados por Djamila
Ribeiro no blog da revista CartaCapital, entre 2014 e 2017. No texto de
abertura, a filósofa e militante recupera memórias de seus anos de
infância e adolescência para discutir o que chama de “silenciamento”,
processo de apagamento da personalidade por que passou e que é um dos
muitos resultados perniciosos da discriminação. Foi apenas no final da
adolescência, ao trabalhar na Casa de Cultura da Mulher Negra, que
Djamila entrou em contato com autoras que a fizeram ter orgulho de suas
raízes e não mais querer se manter invisível. Desde então, o diálogo com
autoras como Chimamanda Ngozi Adichie, bell hooks, Sueli Carneiro,
Alice Walker, Toni Morrison e Conceição Evaristo é uma constante. Muitos
textos reagem a situações do cotidiano — o aumento da intolerância às
religiões de matriz africana; os ataques a celebridades como Maju ou
Serena Williams – a partir das quais Djamila destrincha conceitos como
empoderamento feminino ou interseccionalidade. Ela também aborda temas
como os limites da mobilização nas redes sociais, as políticas de cotas
raciais e as origens do feminismo negro nos Estados Unidos e no Brasil,
além de discutir a obra de autoras de referência para o feminismo, como
Simone de Beauvoir.Um livro essencial e urgente, pois enquanto mulheres
negras seguirem sendo alvo de constantes ataques, a humanidade toda
corre perigo.Quem tem medo do feminismo negro? reúne um longo ensaio
autobiográfico inédito e uma seleção de artigos publicados por Djamila
Ribeiro no blog da revista CartaCapital, entre 2014 e 2017. No texto de
abertura, a filósofa e militante recupera memórias de seus anos de
infância e adolescência para discutir o que chama de “silenciamento”,
processo de apagamento da personalidade por que passou e que é um dos
muitos resultados perniciosos da discriminação. Foi apenas no final da
adolescência, ao trabalhar na Casa de Cultura da Mulher Negra, que
Djamila entrou em contato com autoras que a fizeram ter orgulho de suas
raízes e não mais querer se manter invisível. Desde então, o diálogo com
autoras como Chimamanda Ngozi Adichie, bell hooks, Sueli Carneiro,
Alice Walker, Toni Morrison e Conceição Evaristo é uma constante.Muitos
textos reagem a situações do cotidiano — o aumento da intolerância às
religiões de matriz africana; os ataques a celebridades como Maju ou
Serena Williams – a partir das quais Djamila destrincha conceitos como
empoderamento feminino ou interseccionalidade. Ela também aborda temas
como os limites da mobilização nas redes sociais, as políticas de cotas
raciais e as origens do feminismo negro nos Estados Unidos e no Brasil,
além de discutir a obra de autoras de referência para o feminismo, como
Simone de Beauvoir.
Mocambos e quilombos: Uma história do campesinato negro no Brasil, Flávio dos Santos Gomes
Hoje, espalhadas por todo o Brasil, vemos surgir comunidades negras
rurais e remanescentes de quilombos. Elas são a continuidade de um
processo mais longo da história da escravidão e das primeiras décadas da
pós-emancipação. Não se trata de um passado imóvel, como aquilo que
sobrou de um passado remoto. As comunidades de fugitivos da escravidão
produziram histórias complexas de ocupação agrária, criação de
territórios, cultura material e imaterial próprias baseadas no
parentesco e no uso e manejo coletivo da terra. O desenvolvimento das
comunidades negras contemporâneas é bastante complexo, com seus
processos de identidade e luta por cidadania. A história dos quilombos? E seus desdobramentos? Do passado e do presente é o tema deste livro.
Com a estreia de Geovani Martins, a literatura brasileira encontra a voz
de seu novo realismo. Nos treze contos de O sol na cabeça, deparamos
com a infância e a adolescência de moradores de favelas – o prazer dos
banhos de mar, das brincadeiras de rua, das paqueras e dos baseados –,
moduladas pela violência e pela discriminação racial.
Durante essa semana, a editora Companhia das Letras vai publicar histórias de mulheres negras que decidiram dividir sua trajetória com os leitores, você pode acompanhar as histórias aqui.
7 Comentários
Falar do dia da Consciência Negra é falar da humanidade. Nunca irei conseguir entender estes rótulos que ganhamos.
ResponderExcluirO negro, a branquela, o gay,a baixinha, o gordo.
Somos humanos!Mas com certeza, temos um passado de história pesada, triste e que precisa sim, ser lembrado!
Os quilombos modernos estão aí, só não vê quem não quer, por isso, adorei a indicação!!!
Beijo
Exatamente!! Os quilombos modernos são a prova de que ainda separamos a humanidade por raças
ExcluirÉ uma vergonha que nos dias de hoje ainda exista tanto racismo, tanto preconceito com o próximo.
ResponderExcluirAinda não conhecia esse livrinho, estou muito por fora sobre o assunto também...mas adorei a dica! Já estou colocando ele na minha lista de desejados.
Que bom que gostou da dica Angel!
ExcluirO racismo permanece, infelizmente, vivo nos dias atuais. Ultimamente várias situações foram expostas sem nenhum pudor pelas redes. Pessoas mostraram sem medo seus pensamentos e opiniões. Acho importantíssimo mostrar livros que envolvem o tema. Precisamos refletir ainda mais sobre o assunto.
ResponderExcluirIsso Evandro, e nada melhor do que a leitura para mudar essa realidade
ExcluirCássia!
ResponderExcluirDepois que vi a rreportagem no programa do Bial com o autor de O sol na cabeça, tenho muita vontade de ler, porque fala sobre a discriminação no ambiente em que o autor vive.
Valeu as dicas.
“A melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida.” (Desconhecido)
cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA DEZEMBRO - 7 GANHADORES – BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!