A rotina era densa e cansativa, a monotonia diária de seus afazeres, fazia com que ela se afundasse na solidão. O grande relógio da sala brindava ao amanhecer com estrondosas badaladas, como de costume ela acordara cedo para seu lento ritual matinal. Se arrumara. Saíra para o trabalho. Voltara ao fim do dia. Essa era sua pacata vida. Um belo dia sentada a soleira de sua varanda, ela começou a observar a sua volta, tudo e todos que passavam, com um momento nostálgico ela começou a pensar onde havia se perdido? Onde deixara de viver? Quando perdera sua liberdade e se metera numa escuridão sem volta?
Lembrava-se de como tudo era simples no inicio, tudo tão leve, sem pressa. As manhãs eram calmas regadas a grandes xícaras de chocolate quente com biscoito, ela era livre, para sonhar, para tentar, mas tudo mudara, tão rapidamente que ela mal sabia o que havia acontecido, agora estava presa a uma rotina chata e uma vida que ela não queria, ali parada enquanto o sol se punha ao horizonte ela percebeu que não era o fim e que era possível recuperar tudo o que perdera, ainda havia tempo de recuperar sua liberdade, de um salto ela se pós em pé e dançou, ao som da vida embalada pela esperança, aplaudida pela liberdade.
2 Comentários
Luciana!
ResponderExcluirAs mudanças, principalmente as interiores, depende exclusivamente de nós.
Belíssima crônica.
Desejo um novo ano de realizações, saúde e muito amor! Que possamos estar juntos em 2019 com boas leituras!
“Que a paz, a saúde e o amor estejam presentes em todos os dias deste novo ano que se inicia. Feliz Ano Novo!” (Desconhecido)
cheirinhos
Rudy
BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!
Confesso que me identifiquei um pouco com a crônica. Realmente a nossa vida é uma apressada monotonia que esquecemos de vive-la cada momento.
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