Qual é o seu percurso como escritor? Nos conte um pouco sobre seu estilo.

RX – Sempre escrevi, mas nunca achei que isso fosse alguma coisa a ser levada a sério. Depois que mergulhei a fundo nisso, percebi que poderia construir alguma coisa com meus escritos e histórias. Decidi tentar de fato há quatros anos atrás, e cá estamos: Dez livros publicados e outros 25 esperando seu lançamento, sendo que alguns, já estou fechando novos contratos. O meu último trabalho, “Estágios Do Inferno – Bastidores Do Paraíso” é bem o tipo de escrita que sempre gostei, livre, textos, reflexões, poemas... Depois eu agrupo tudo isso dentro de algo que se encaixe no mesmo assunto, e coloco para fora um livro tema. Esse, por exemplo, aborda coisas que todas as pessoas podem passar e sentir, desde sentimentos bons, até pensamentos e desejos ruins, por isso deste nome. O tipo de texto e fala, que muitas pessoas pensam, mas poucas tem coragem de colocar para fora. No novo livro, eu vou flertando entre poemas, versos e ataques a sociedade moderna, mas ficando dentro do meu coloquial que as pessoas se acostumaram.

Fale um pouco sobre o "Um Projeto de cão chamado Jill" e o que o levou a escrevê-lo.

RX – É um livro baseado em uma história real. Como eu era muito jovem quando tive a Jill, e por ela se tornar minha preocupação, eu acabei amadurecendo e percebendo coisas da vida, com a ajuda dela. Ter responsabilidades, voltar para casa só para saber se ela tinha comida, água, cuidar dos remédios, vacinas, tudo isso. Eu não ligava para nada naquela época, apenas para vinho, cigarros, garotas e rock n’ roll. E quando a Jill veio, foi como se ela me fizesse pisar nos freios. Mas foi muito bom, foram tantas confusões, algazarras pela rua, boas lembranças e mais confusão. Então eu decidi escrever esse livro, porque percebi que eu devia isso a ela. E hoje em dia, tudo o que está acontecendo, todos esses livros, eu estar vivendo isso hoje, tudo é derivado das coisas que esse livro conseguiu e que me trouxe até aqui.

Para qual tipo de leitor o livro está dirigido?

RX – “Estágios Do Inferno – Bastidores Do Paraíso” para um público mais adulto, e como eu disse antes, para todas as pessoas, porque todo mundo vai passar e sentir as coisas que esse livro diz, dependendo da sua idade e do que já viveu até aqui, vai ler coisas e pensar que foram escritas como se eu tivesse revirado sua vida ao meio... Já “Um Projeto De Cão Chamado Jill” é para todos os públicos, ele é muito divertido, você vai dar muitas risadas com a Jill, mas comovente, certamente as lágrimas vão surgir...

O que você pensa sobre a publicação independente e a publicação online.

RX – Comecei na independente, como todo mundo que um dia deu um passo. Foram três livros assim, ambos hoje têm suas editoras. Mas foram com eles lá atrás que eu pude ter uma noção desse mercado, público, editoras e contratos. Então, acho que é por aí que você deve começar. Eu na verdade, ainda fico longe do mundo online quanto aos livros, nenhum livro meu se tornou e-book, por exemplo. Não tenho textos em Wattpad, aplicativos ou sites especializados em vender textos ou livros assim. Eu escrevo meus originais, lanço e começamos todo o trabalho de divulgação e venda. Vivo disso hoje em dia, dos meus livros, palestras e ganhos sobre tudo o que envolve o que eu faço, acho que pra mim funcionou bem assim.

Vejo que já passou por algumas editoras. Qual o diferencial da Illuminare?

RX – Tenho dois livros pelo selo deles, “Estágios Do Inferno – Bastidores Do Paraíso” e “As Crônicas De Um Ex Exilado”. Acredito que o ponto mais positivo deles, é serem flexíveis com aquilo que o autor quer. Ficou bem claro que eles entendem e dão valor a quem está escrevendo, depois pensam em si. Eles primeiro fazem de tudo para que o livro saia como você quer, atendem tudo o que você pede e colocam o teu direcionamento onde acha que tem que estar, isso é bem difícil hoje em dia. A maioria das editoras apenas querem que você pague para publicar, enviam seus livros e você sai a vender. Sempre digo que não é assim, aviso novos escritores, não assinem a primeira chance, não se vendam, é seu livro, sua arte, foque e fique perto de pessoas que tem interesse em que você cresça, eles crescerão com você, mas não em pegar seu dinheiro, te “publicar” e apenas isso.

Qual dica você dá para um escritor iniciante?

RX – Ter esse cuidado com editoras. Pequenas, médias, grandes, tanto faz, ficar longe de quem quer apenas que você pague para publicar, isso qualquer um faz. Escolha a melhor opção, sempre. Desconfie de grandes promessas e sempre se mantenha perto de quem joga limpo e te diz, de imediato, o que pode e o que vai fazer... Vejo que as pessoas comemoram números de leitores, views, esse tipo de coisa, mas isso não quer dizer nada. Eu tenho mais de um milhão de leitores em um site que posta meus textos e resenhas sobre o rock n’ roll, mas nenhum deles compra um livro meu. Tenho postagens que atingem centenas de curtidas, às vezes passamos de mil, duas mil, três mil likes, mas nenhum livro é vendido naquele dia. Aí você posta algo, conta com quarenta curtidas e vende 6 livros naquele post. É assim, não se iludam com números estratosféricos, muitas vezes eles não querem dizer nada, a internet é uma grande arapuca... Tenho mais de 60 mil curtidas nas coisas do Projeto Jill, 60 MIL, e tenho 30 (não são trezentas, 3 mil, são apenas 30 mesmo) pessoas me ajudando como um todo. Acho que isso define bem o que eu tentei dizer.

Algumas obras do autor: